data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Após a classificação preliminar de Santa Maria como bandeira vermelha no modelo de distanciamento controlado do governo do Estado, o prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) afirma que não foi surpreendido pela alteração. Agora, o Executivo vai analisar os 11 indicadores que determinam a classificação para ingressar com um recurso junto ao governo do Estado para possível reconsideração.
- Vamos avaliar todos os indicadores que pioraram e vamos ver se há alguma imprecisão. Mas vamos ingressar com recurso. De qualquer forma, não fomos surpreendidos - relata Pozzobom.
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Ele relata, ainda, a falta de cuidado que muitos santa-marienses estão tendo nos últimos dias, com desrespeito as medidas de higiene, distanciamento social e, principalmente, o uso de máscara de proteção individual.
- Fomos extremamente criticados quando propusemos a lei da máscara, mas estamos vendo o resultado da irresponsabilidade dessas pessoas agora. Não podemos ignorar o que está acontecendo. Só pensam em flexibilizar, todo mundo quer abrir tudo. A minha maior preocupação, enquanto isso, é com a vida das pessoas- enfatiza Pozzobon.
O presidente da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Santa Maria (Cacism), Luiz Fernando Pacheco, afirma que, se mantida a classificação, a alteração de bandeira irá acarretar um impacto negativo na economia local.
- É uma situação bem difícil e preocupante, principalmente agora. Não é uma sentença definitiva, mas é preocupante. Viemos, há seis meses fazendo um trabalho muito difícil, um esforço coletivo muito grande. Infelizmente, agora, no fim de uma situação mais crítica, tivemos essa classificação preliminar - relata Pacheco.
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Se mantida a classificação, um dos setores mais impactados será o do comércio, que terá seu horário de funcionamento restrito. A presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Santa Maria, Marli Rigo, afirma que acredita na volta para bandeira laranja.
- Me mantenho otimista. Estamos momentaneamente na bandeira vermelha, mas agora vamos a luta para sabermos quais são os dados que podemos melhorar - relata.
O prefeito de Tupanciretã e presidente da Associação dos Municípios da Região Centro (AMCentro), Carlos Augusto Brum de Souza, a associação já trabalha no levantamento de quais municípios preparam recurso.
- Nós estamos fazendo um levantamento das demais cidades da região, já pedi aos prefeitos a situação de cada município e estamos preparando um recurso. Vamos fazer o recurso, se não obtivermos êxito, vamos ter que retomar a pauta sobre o plano de cogestão. Tupanciretã, por exemplo, que faz parte da região R12, de Cruz Alta, aderiu ao plano. Mas a maioria dos municípios vão entrar na Regra 0-0 - relata.
Caso a classificação definitiva seja a bandeira vermelha, as atividades em diferentes setores deverão adotar protocolos diferentes dos que vinham sendo seguidos.